Wunibaldo Backes, natural de Santa Cruz do Sul, nasceu em 23 de outubro de 1902 e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1927. Suas duas passagens por Santo Antônio da Patrulha, entre 1932 e 1942, e posteriormente, entre 1944 e 1954, deixaram marcas profundas e históricas que jamais serão esquecidas. Homem empreendedor, possuía uma visão à frente de seu tempo. Apesar de sua função como pastor da Igreja, dedicou-se não apenas à vida espiritual, mas também à preocupação com a situação sócio-econômica da comunidade.
Quando chegou em 1932, deparou-se com um município em atraso econômico e uma situação educacional preocupante. Havia escassez de recursos e de instituições de ensino secundário e superior. A maioria das crianças frequentava um ensino primário irregular e deficiente. Entendendo a importância da educação como propulsora do desenvolvimento comunitário, empreendeu a fundação do Colégio Paroquial em 1933, inicialmente frequentado somente por meninos. Com o passar dos anos, percebeu a necessidade de uma educação aprimorada para as meninas, o que o levou a trazer as Irmãs Escolares de Nossa Senhora para Santo Antônio e fundar, em 1940, o Colégio Santa Teresinha, encerrando assim o ciclo do Colégio Paroquial.
Seu legado é tangível em nossa vida diária, evidenciado pelo Colégio Santa Teresinha, a Casa Canônica, o antigo Salão Paroquial, os muros e escadarias da Matriz, a Via-Sacra, o Altar-mor e a imagem de Santo Antônio no interior da Igreja. No interior do município, realizou inúmeras construções e reformas de igrejas, salões e escolas. Porém, seu maior legado foi seu exemplo de humildade, bondade e firmeza, orientando e mostrando o caminho da fé cristã com palavras amigáveis a todos que o procuravam.
O trabalho do Padre Wunibaldo em Santo Antônio da Patrulha foi de inegável importância, representando um verdadeiro renascimento econômico, cultural e religioso. Em reconhecimento, foi honrado em 1º de abril de 1951 com o título de “Cônego Honorário” pela Arquidiocese de Porto Alegre. Em 1965, a Câmara Municipal concedeu-lhe o título de Cidadão Patrulhense. Faleceu em sua cidade natal em 18 de março de 1996.